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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Palhaços

Há tempos eu me identificava com a vida do palhaço. Admiro aqueles que fazem do seu ofício a arte do sorrir.
Num mundo de dores, os palhaços são pequenos lampejos de um mundo melhor.
Percebendo isso, senti uma imensa vontade de começar a fazer um curso de palhaço para, poder também multiplicar as risadas e, esse mundo colorido.
Nesses primeiros dias de aula, percebi aquilo que o palhaço tem de diferente:
Em sua essência trás a criança que muitos de nós adultos esqueçemos, ou fomos obrigados a aprisioná-la devido a rotina do dia a dia.
Ele acredita num mundo sem preconceitos, onde a imaginação corre livre.
Onde se eu acretido, as coisas se tornam reais.
Onde existe bobagem sem sentido aos olhos adultos. Pra criança é um outro mundo. Um mundo divertido, sem barreiras.
Com o palhaço, pude entender o que Cristo quis dizer "Deixa-i vir a mim as criançinhas, pois delas é o Reino dos céus"
O olhar de uma criança, não faz distição entre o negro e o branco. Entre o pobre e, o rico. Entre o analfabeto e, o pós doutor. Entre o latino e, o europeu. Entre o presidente da república e, um simples artesão.
O quintal de uma criança é bem maior que o condomínio de um prédio. Ele é composto pela rua da frente de casa, mais vai bem além. Pode chegar a casa dos avós em um cidadizinha lá no Acre. Como pode, atravessar um oceano, enfrentando piratas e tempestades para chegar a uma pequena ilha deserta, onde o sol escaldante vai fazer ela tomar uma água de coco direto do pé.

O palhaço vive o mundo da criança como real.
Como adulto que é, sofre.
Como criança que é, acredita!

       Juliano Marcus C. D. Toledo
 São Paulo, 14 de agosto 2010. 20:24h

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